quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Resenha: DOGS: Bullets & Carnage

 

 Resenha já publicada aqui:

Este OVA é a adaptação do mangá Dogs, escrito por Miwa Shirou e cujo enredo continua em Dogs: Bullets and Carnage, da mesma autora. A história gerou também um mangá spin-off curto, chamado Dogs: Hardcore Twins.

O OVA é composto por 4 episódios, cada qual contando a história de uma das quatro personagens principais, histórias essas que se passam na mesma cidade. O nome da cidade não é dito, porém é uma cidade grande com um submundo muito ativo. E existe também um submundo do submundo, mas como ele só é citado no finalzinho do último OVA, não entrarei em detalhes. Quem estiver interessado leia o mangá Dogs: Bullets and Carnage, ainda em publicação.


O primeiro OVA mostra a história de Mihai, um assassino da máfia aposentado, que está de volta à cidade e acaba tendo que lidar com uns assuntos antigos não-resolvidos, envolvendo o filho de um chefão da máfia, que havia estado sob sua tutela no passado.



O segundo episódio é protagonizado por Badou, um detetive particular bastante atrapalhado (mas competente) que não vive sem seus cigarros. Durante um acidente, ao tirar fotos de um caso de adultério, descobre um segredo de um chefão de uma das máfias da cidade e acaba sendo perseguido pela mesma. Só que durante a perseguição ele vai ficando cada vez mais tempo sem cigarro...

Naoto é a estrela do terceiro episódio. Certa noite, ela teve seus pais assassinados por uma pessoa usando uma espada, e ela mesma recebe dois cortes no peito. Só que o homem com a espada que matou seus pais acaba resgatando-a e ela começa a aprender a lutar com ele, enquanto tenta matá-lo para vingar seus pais.

Por fim, temos a história de Haine, um jovem com uma resistência sobrenatural que atua no submundo da cidade. Certo dia ele vê dois homens perseguindo uma jovem prostituta, cena comum na cidade. Porém, ao notar que a jovem tinha asas de anjo nas costas, acaba salvando-a por impulso. Agora ele terá que lidar com o dono do bordel de onde ela fugiu.



O enredo de cada OVA é basicamente esse, não dá para contar mais sem estragar. O interessante é que as histórias dos quatro são relacionadas, com uns aparecendo ou participando efetivamente da história dos outros. Os tiroteios e lutas de espada são bem legais, apesar de certos vícios, como munição que não acaba e vilões que sempre erram os mocinhos. 

A animação é boa, os cenários são bem feitos, mostrando bem como é a cidade, que é praticamente uma personagem, e o traço é bastante fiel ao do original. A trilha sonora também é boa e dá o tom das cenas, mas não é daquelas que te faz ir atrás de arranjá-la completa para escutar depois. As dublagens também estão boas, porém, em certas horas, alguns deles falam em inglês, destoando bastante do resto do anime. Mas isso é mais culpa do roteiro do que dos dubladores.

As personagens são estilosas e interessantes, porém, com apenas 15 minutos nos OVAs de cada uma delas, não há tempo de desenvolvê-las além do conceito inicial. O enredo desta série consegue cativar, mesmo sendo tão curta, e deixa o espectador com gostinho de quero mais. Por sorte o enredo segue na continuação do mangá, que talvez seja animada no futuro. Uma boa pedida para quem gosta de animes de ação que não enrolam.

Avaliação: recomendado

E o mangá?



Bom, a primeira coisa a explicar é que o anime só adapta os 4 capítulos do mangá de volume único Dogs. Como o mangá fez sucesso, a autora continua no Bullets & Carnage. 

O traço dela é legal e ela consegue fazer vários designs estilosos. Só que ela não sabe desenhar cenários e o mangá fica sempre com cenários simples ou fundos vazios, lembrando muito Bleach. Aliás ela lembra o estilo do autor de Bleach também porque faz muita página dupla e se preocupa muito com fazer os personagens parecerem legais nas lutas, deixando de lado as vezes até a plasticidade das cenas.

Em termos de enredo, ela aborda o submundo da cidade, que possui um verdadeiro labirinto subterrâneo. E todos os personagens têm algo a ver com esse submundo, principalmente o Haine, que vem de lá. Isso explica a capacidade de regeneração dele, já que por lá existem vários humanos geneticamente modificados.


O enredo tem dois problemas. O primeiro é focar mais no Haine, que é um protagonista clichê e chatinho e na Naoto, que é fria o bastante para deixar o negócio meio maçante, mas não o suficiente para ser fodona. Enquanto isso, os excelentes Mihai e Badou ficam como coadjuvantes. O segundo é que o enredo é confuso. E não é porque é complexo. É porque é mal executado mesmo.

O volume único que deu origem ao mangá e foi adaptado no anime é bom, mas a continuação perdeu qualidade. A autora tem boas idéias, mas não consegue utilizá-las para fazer um mangá acima da média. Pelo menos não até agora.

Avaliação: regular

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